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Depoimentos

Todos os anos, a partir dos 60 anos, realizava análises clínicas para verificação dos níveis de PSA e só aos 69 anos, em 2013, os níveis passaram dos valores normais. Realizei biópsia e veio o diagnóstico de cancro. Meu comportamento sobre o diagnóstico de câncer na próstata foi de aceitação e de procura por tratamento. Passei por exames radiológicos e tive o apoio de um Urologista e de um Oncologista, que me ajudaram a escolher o tratamento. Optei pela radioterapia e já fui submetido a 33 aplicações de um total de 38. Não fumo e não bebo. A partir dos 55 anos comecei a me preocupar com a alimentação saudável. Pratico esporte nos fins de semana (futebol) e todos os dias faço atividades físicas (caminhada, alongamentos e exercícios). Durante as aplicações não alterei a minha rotina. Estou tendo poucos sinais dos efeitos colaterais que os médicos dizem que voltarão ao normal assim que terminar as aplicações. (…) Temos sorte de estarmos vivendo grandes descobertas em todas as áreas. Espero que o meu testemunho sirva de incentivo para todos nessa situação.

Marco Antonio Vedovelli

70 anos

Próstata, 2013, Doente

Depoimentos Familiares

O meu Pai faleceu com Cancro da Próstata, foram dois anos e meio a lutar contra este dilema no qual quando foi descoberto já tinha um PSA de 70. Passado ano e meio aconteceu-me o mesmo, com 49 anos de idade, os valores do PSA em 8 meses passaram para um valor que já se adivinhava a agressividade do mesmo. Fui operado em SET/2013 onde me tiveram que retirar por completo a Próstata, os danos colaterais à operação foram difíceis de ultrapassar mas ao fim de 5 meses já levava uma vida mais ou menos normal. Em Agosto de 2016, quando tudo parecia rotineiro, exames e consultas, veio a pior notícia que se poderia desejar a um doente oncológico, os valores do PSA começaram a subir. Durante mais ou menos 9 meses, a par das análises ao PSA que fazia de 3 em 3 meses, fiz vários exames no sentido de despistar onde as células cancerígenas se estavam a reproduzir.  (…) No final de julho de 2017 comecei a fazer Radioterapia, 36 sessões, que só acabaram em meados de setembro.
Mais uma vez, os danos colaterais à radioterapia não foram de todo agradáveis, mas consegui ultrapassar mais uma vez esta fase dura da minha vida, com danos que vão estar comigo para sempre, mas o importante é estarmos com vida e com esperança que o "sonho" acabe o mais depressa possível.
(…)
Ao fim de 7 anos a lutar com este "amigo", tenho tido Altos e Baixos, se não fosse a família mais chegada e alguns amigos a derrapagem teria sido maior do que foi. Como dizia o meu falecido Pai "A esperança é a última a morrer", por isso tento fazer a minha vida dentro da normalidade o melhor possível. Não fumo, não bebo, faço algum desporto e tento ter uma alimentação cuidada. Aprendi que o mais importante é poder concretizar alguns sonhos que fui adquirindo ao longo da vida, nunca deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, é o mais importante e se possível com a família ao nosso lado.
Espero que o meu testemunho seja benéfico para alguém com o mesmo problema ou então para familiares.
Obrigado.
hm

Henrique Marques

55 anos

Próstata, 2012, Doente

No dia em que a nossa maior alegria fazia 9 aninhos, perdemos o chão e a nossa vida parou! Eu com 33 anos e o pai com 37 anos, saímos do hospital com um diagnóstico de carcinoma. Inicialmente teria sido apenas a remoção de um meningioma benigno! 37 anos, cancro de próstata e metastizado em todo o esqueleto! Um pesadelo chamado cancro tinha vindo viver connosco! Inicialmente entramos em negação, desesperamos, choramos, perdermos o sentido da vida! (...) Felizmente vencemos mas também nunca baixámos os braços, apesar de ser uma luta muito dura e penosa. Aos que lutam, acreditem sempre, e aos que vivem ao lado como eu nunca desistam e não desanimem. Embora por vezes o caminho se mostre comprido, cheio de percalços e infindável. Um bem haja a todos mas em especial aos voluntários no Hospital que continuam a ter palavras bonitas para nos dizer! Força a todos e muita saúde.

Catarina Cruz

36 anos

Próstata, 2014, Familiar

Hoje ganhei a coragem que me faltava, na esperança de que este testemunho possa ajudar homens que vivem este problema a olhar para ele com outra força. Desde cedo que sabia que o meu avô tinha um problema de saúde. Sabia que ele fazia exames, que os detestava fazer, e sabia que ele evitava de certa forma olhar para o problema. Fui crescendo e ao ter consciência do problema confrontei a minha mãe que me confirmou: “o avô tinha um tumor na próstata”. Era um tumor benigno, podia ser tratado, era perfeitamente operável. Finalmente ele marcou a cirurgia, após alguma insistência! No dia da cirurgia disse: -“não, não faço vou-me embora”. O meu avô é de um outro tempo, um tempo diferente, em que se pensa que uma operação à próstata pode ser sinónimo de perda de masculinidade. A vida deu-lhe ali uma oportunidade, e ele contra tudo e contra todos negou-a. Mais tarde começaram tratamentos com implante e injecções. Aí ele quis ser operado, tinha passado mais de uma década de convivência com o maldito tumor, mas ele continuava lá, no entanto já era tarde, a idade já não permitiria uma operação. Ali começava o início de um caminho doloroso. Os anos seguintes foram de degradação sucessiva, que o levou a um sofrimento que ainda hoje sou incapaz de descrever. Os últimos anos de vida do meu avô foram os anos em que mais sofri. Quando o visitava apertava-me a minha mão com uma força e carinho inesgotável, lutava contra o maldito tumor com uma força capaz de mover montanhas, mas o maldito venceu. No dia em que a minha irmã me disse “o avô hoje pediu para morrer” arrancaram-me um pedaço de mim. Na Páscoa de 2010 o meu pai (genro do meu avô) foi mordomo da cruz, tradição do Minho, e que o meu avô sempre adorou. Ainda hoje acredito que ele teve força para viver esse dia e para nos dar a alegria de o ter ali, na nossa festa. Já passaram quase dois anos desde a sua partida, e parece que foi ontem, e parece que a dor nunca vai passar. O cancro roubou ao mundo um dos homens mais belos que pisou esta terra, um homem com uma força inesgotável e um amor capaz de suportar tudo. Hoje penso que tudo poderia ser diferente, não fossem as ideias feitas, não fosse esse medo estúpido, não fossem os mitos. A todos os homens que passam ou vão passar por isso peço-lhes: não tenham medo, pois o medo da cura pode custar-lhes a vida. Informem-se junto dos vossos médicos e não acreditem em mitos. Pelo avô mais especial do mundo apelo a todos que não deixem que a cortina do medo vos tape os olhos e vos impeça de ver a luz ao fundo do túnel. Hoje penso que tudo podia ser diferente, e guardo para sempre a força com que me apertou a mão pela última vez, e isso dá-me força para viver e pensar que por ele tenho que ser feliz. Bem haja a todos.

Dulce Rocha

25 anos

Próstata, Familiar

Depoimentos Pacientes

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